Quem além de nos mesmos pode nos julgar? Quem acima de tudo pode nos limitar? Vivendo no limite das tendências destrutivas de autopreservação, dançando alegremente na valsa tocada pelos tempos difíceis que ressoa o coração em direção à estrada do infinito.
Mesmo usando aquelas boas e velhas falsas mentiras, voltando a se desculpar. Se trancando dentro de uma ânfora de sentimentos que queima como a fogueira de anjos sem asas, sobrevoada por aqueles que caíram, sorrateiros mosquitos que trazem a vaidade e o egoísmo.
Se tornando tão incomodo quanto uma bala na cabeça, um alguém que não é ninguém, que se conflita em troca de troféus de lixo e disputando a derrota daqueles que acreditam um dia ter conquistado algum tipo de poder.
Buscando infundadamente o paraíso, tentando achar um lugar para chamar de lar, se sentindo julgado por todas as luzes se escondendo nas sombras do coração. Ferramenta essa que iliude, deixando tudo tão calmo como uma bomba prestes a explodir, transformando frias decepções em profundas cicatrizes e deixando-o tão corajoso como um gatinho assustado.
Não sabendo ver a aquarela como um daltônico, que pinta sem saber a tela para o amanhã. Querendo conversar pelo olhar de uma pessoa cega pelas próprias presas. Procurando um barco para navegar, mas não tendo nada para o preço que se tem de pagar.
(Samy Silva 17/06/11)